Esporotricose na Baixada Fluminense

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para o crescimento do número de casos da esporotricose em pessoas e gatos na região de Caxias. É uma zoonose comum em animais domésticos, suas fezes, e também pode ser contraída através de ferimentos de jardinagem decorrentes de espinhos, arranhões ou farpas de madeira.

Esporotricose: como é transmitida?

O fungo que provoca a doença é o Sporothrix Schenckii e entre outros sintomas nas pessoas, a infectologista Mônica Lima Bastos, da Fiocruz, destaca: “o sinal mais comum é um pequeno caroço avermelhado, que evolui para ferida grande, não cicatriza, cresce e se espalha.”

Nos animais, o fungo causador da esporotricose fica sob as unhas e região de boca e nariz e basta um pequeno arranhão ou mordedura para que o Sporothrix seja inoculado na pele.

Esporotricose felina 2

Além do gato, os cães e os coelhos também podem transmitir a doença por arranhadura e esses animais não precisam estar potencialmente doentes para transmitir. Além disso, a transmissão ocorre entre os animais, principalmente durante as brigas.

Nos gatos, as formas clínicas de esporotricose são: cutânea (localizada e disseminada) ou extra-cutânea (pulmonar e disseminada).

A doença tem tratamento e é importante buscar auxílio médico especializado, tanto para pessoas quanto para os animais. Em caso de óbito do animal, é indicada a cremação pois o fungo sobrevive na natureza caso o animal seja enterrado.

Esporotricose felina 1Sintomas nos gatos:

– Feridas na região da cabeça e extremidade das patas (locais comuns de machucados nas brigas). Essas feridas não saram com antibióticos, pomadas ou qualquer outro tratamento convencional e geralmente não causam dor, nem coceira.

– Em casos evoluídos da doença o comprometimento sistêmico pode ocorrer e sinais como fraqueza, anorexia, perda de peso e febre são observados.

 

Esporotricose_humanaSintomas nos humanos:

– Ferida, como a picada de um inseto, que cresce, não cicatriza e se espalha.

– Aumento dos linfonodos (gânglios).

Para evitar o contágio:

 – Lave com água sanitária os ambientes em que o animal transita

– Use luvas ao tratar animais contaminados e ao realizar serviços que possam gerar ferimentos

– Isole o animal doente

No município do Rio de Janeiro, a Fiocruz, em Manguinhos, oferece diagnóstico e tratamento grátis para as pessoas e animais. Na Unidade Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, da Prefeitura do Rio, é possível fazer exames (Av. Bartolomeu de Gusmão 1.120, São Cristóvão).

 

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