Furões, cães e gatos

Convidei uma amiga para escrever este post especial sobre furões. Afinal, nada melhor que uma especialista no assunto para abordar corretamente o tema!

A publicitária e cineasta Guadalupe Albuquerque tem muitos pets em casa que convivem pacificamente.

Olha só o post dela exclusivo para o LovePet!

Guadalupe AlbuquerqueFurões, aquela paixão

Ter um furão de bichinho de estimação realmente é uma paixão avassaladora. E como uma paixão, tem seu lado bom e o lado nem tão bom. A gente fica apaixonada por eles: cada furão tem uma personalidade super forte, e cada um é diferente de outro (e eu posso falar por experiência, com 6 furões no currículo). E o lado ruim, bem, é que eles vão embora logo 🙁

Hoje em dia temos somente a Tiff, por que a população da Animal Kingdom (nossa querida casa) só aumentou nos últimos 3 anos (são mais dois gatos – Atari e Felix – e dois cachorros – Fuca e Quinzé). O Zimba, que foi o último companheirinho da Tiff, morreu há alguns dias, com 8 anos e meio (um verdadeiro Highlander no mundo dos furões). Nunca soubemos a idade certa dele por que ele foi adotado. Literalmente salvamos de uma menina que queria sacrificá-lo por não querer mais cuidar do peludo (situação que sim, acontece muito, aqui e no mundo). Já a Tiff veio de um pseudo-resgate. Ela já tinha um ano e ainda estava na loja, ou seja, não seria nunca comprada por alguém que quer um bichinho novinho e filhotinho. Mas tivemos outros: o Thoth, o Mov, o Fluffy e a Sally.

Furão Tiif

Tiff .Imagem do arquivo pessoal da Guadalupe

A ideia de termos furão em casa foi uma espécie de “gestalt” caseira 😀 Um dia soube que um conhecido estava doando um furão e perguntei pro Sylvio o que ele achava da idéia de adotar um, meio sério, meio brincando. Ele então confessou que sempre teve curiosidade e vontade de ter um, mas que nunca havia tomado qualquer atitude a respeito. Poucos dias depois estávamos num vôo pra São Paulo pra buscar o Thoth 🙂

Mas e agora, entre gato, cachorro e furão, quais as diferenças, né?

A gente gosta de pensar que eles ficam no meio dos dois 🙂 O furão fica na dele, mas sincroniza os horários contigo pra estar acordado quando você está em casa (eles dormem muito, tipo 18 horas por dia). O Mov, que pegamos filhote, ficou muito próximo de nós. Dormia na cama, no colo, pedia carinho. Já a Tiff, aquela que “resgatamos” da petshop, é mais arisca e um pouco avessa ao contato, provavelmente por causa das milhares de pessoas que todos os dias pediam pra afagá-la na loja. Mesmo assim, quando estamos em casa ela gosta de ficar perto da gente.

Guadapets

Agora, sendo um pouco mais práticos:

A alimentação de furão recomendada pelos nossos vets é de apenas ração. Aqui em Porto Alegre é complicado achar a ração desenvolvida especialmente pra eles que é da marca Marshall (a mesma fazenda que exporta os furões pro Brasil), então nos adaptamos usando uma ração super-premium de gatos que possui o valor nutricional muito semelhante à ração dos furões.

Sobre onde eles descansam: os furões precisam de um “porto seguro”, seja uma gaiola ou uma caixa de transporte com redinha. Eles curtem dormir em redes, suspensos. Em casa, os furões têm o quarto deles. É uma dependência de empregada que é pequena, e eles possuem a gaiola, brinquedos, redinhas e um banheiro.

Os furões são bichinhos bem saudáveis, mas a partir dos cinco anos de vida podem começar a ter problemas de saúde comuns à espécie. É bom fazer um checkup de tempos em tempos, mas o mais importante é ficar atento a alguns sinais que podem significar enfermidades, como perda de pelo e de apetite. Também é interessante olhar como está o aspecto das fezes.

E gatos, cachorros e furões na mesma casa?  E a convivência é ótima! Numa muito boa 🙂 Furões são bichinhos bem sociáveis. Se forem bem recebidos, se dão bem e brincam com gatos e cachorros. Tão bem que o Atari, o gato, é tão apegado à Tiff que dorme com ela e faz carinhos tipo amassar o pãozinho.

Agora o papo é sério.

Furão é um bichinho como qualquer outro. Tem que dar carinho, ter atenção, e saber que ele vai passar bons anos vivendo junto com quem adotá-lo. Nós tivemos furões que adotamos de pessoas que não os queriam mais (tipo o Zimba e o Fluffy). O investimento inicial é alto (é o bicho em si, ração, gaiola, brinquedos, redes, adaptação da casa para receber o furão) e a manutenção também não é das mais baratas (como qualquer outro bicho, precisam de vacinas anuais, check-ups quando passam dos 5 anos). Quem adota tem que saber das responsabilidades. E nós recomendamos. Vida com bicho em casa é muito mais legal e divertida. E recomendo: que os furões venham em dupla! Eles se fazem companhia, são mais divertidos juntos e o trabalho de cuidar é o mesmo :)”

Muito obrigada Guada!

 

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